quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O poeta falido

o poeta está morto
junto com sua autoria
perdido nas mesas de bares
criticando os filhos da burguesia

desistindo do lado lúdico de viver
a idade cobra responsabilidades
ao qual o poeta nunca quis saber

falido e sem rumo
discreto no seu discurso
espera somente que o mundo de hoje
fosse como ele imaginou ontem

sua bagagem é extensa
o intelecto treinado
para não cair em contradição
em mesas de bares todos prestam atenção

a inteligência não se mede em padrões
o passado desgraçado do poeta
faz de sua vida suja
eterna harmonia

os poetas estão mortos
a poesia não foi lida
desde de sempre nada acontece
a referência sempre é antiga

o poeta está morto
com ele a morte da poesia
quem disse que nesse mundo
há lugar
para suposta rebeldia?











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