terça-feira, 12 de abril de 2011

O tempo não para.

Neste tempo que passou,eu poderia ter vivido Muitas coisas,e as vezes penso quantos sol nascentes poderia ter vivido, quantas estrelas caídas visto,imagino quantos por do sol presenciar,e quantas despedidas me despedaçar em nostalgia,quantos amores perdidos nas esquinas,quanta alegria escondida nas mesas dos bares,quanta tristeza e melancolia.
Poderia sim ter vivido vários amores,Poderia estar casado com a monotonia,com a doença que carrega meu corpo,com a tristeza que não é o meu guia.
Neste tempo que passou quanta coisa que eu queria, de ter feito de tudo um pouco,deixando cada coisa a se fazer a cada dia,poderia ter andado o mundo,poderia acordar de dia,poderia perseguir o vento,poderia sentir a euforia,de sentir o Nirvana precoce-mente em minhas veias e sentir a anestesia.
Poderia da inspiração da lua fazer uma poesia.poderia ter andado de barco,poderia ter transado na chuva,poderia ter corrido da morte,poderia ter cantado ao raiar do dia,e ter feito deste uivo rouco a minha sinfonia.
Nada disso fiz,fiquei parado assistindo tudo em outra sintonia,Logo eu que sempre fui o que era,e sempre falei o que não devia,descobrir que o tempo me carregava,eu andava com ira,com raiva da vida que eu levava,vida que nunca foi minha.
Perdi muito tempo,e o tempo não volta,o tempo não espera,o tempo...o tempo não para.

Agora como jovem,um meio jovem ainda,ainda sou carregado pelo vento, mais o vento agora não tira,o gosto das ervas que carrega a minha sinfonia,o tempo passa e o tempo mostra,o tempo que foi gasto com nada,o tempo sem nenhuma serventia.
Atrasado,com ânsia de viver,que se transforme em vontade esta minha agonia,agora eu ando lento, devagar por não vender meu sonho,o sonho me consome,o sonho sempre me consumia,atrasado para a vida,vagabundo da sociedade,um peso para economia,sou este cachorro de rua sem nenhuma regalia,uivo forte e uivo torto com poucas perspectivas,não é possível que um sonho morra,se ele ainda está para nascer.
Atrasado para a vida um peso para a economia,quem acredita sempre alcança,quem não acredita se adapta,há uma existência suja e sem destino,que a dor me mostre logo o que a vida vem trazer,de doce amargo o meu saber,de uma vida bem vivida.
Para quem fale que estou atrás das pirâmides sociais,que futuro tem um garoto que nada lhe satisfaz? só te respondo uma coisa,sem peso algum na minha consciência intima,que só estou no meu começo,quanto atrasado,estou na vida,nada disso importa,está somente a minha vida,um pingo de existência na noite,como qualquer outra vida.Porque não importa quanto tempo passe,eu sempre estarei no meu começo.

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