Tudo que me resta são vestígios, de uma história sem tempo para terminar, os dias os meses os anos a pele, todos passando e morrendo, o tempo todo, sem nenhuma chance de se controlar, o que se preserva por fora, se apodrece por dentro, somos vestígios, tudo que se possa contar e sentir, passou, e não há como ir contra isso.
O nosso cigarro de cada dia, nos deixa de vestígios caixa e a bituca, o nosso lixo anual, o caderno na instante com ideias ultrapassadas, a poesia arrancada e jogada no chão,a garrafa de uísque quebrada, a água de coco e sua semente, as velhas roupas é o anseio dos mendigos, nosso resto de comida, a refeição africana, por fim você não passa de um grande banquete de vermes, vestígios de uma vida, consumindo a vida enquanto ela te consome, somos corpos recicláveis de almas eternas presas no universo.
Somos apenas vestígios
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